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Guaratinguetá

GUARATINGUETÁ é uma palavra de origem Tupi-Guarani guará=garça, tinga=branca, eta=muito, que significa “Muitas Garças Brancas”.

Guaratinguetá é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizada na região do Vale do Paraíba, sede de microregião e um dos polos sub-regionais do Brasil. Sua microrregião vive um processo de urbanização e pode ser elevada a Região Metropolitana. O município é uma dos mais importantes do Vale do Paraíba, possuindo importância turística, industrial e comercial.

Nasceram, no município, várias personalidades brasileiras, tais como Frei Galvão (o primeiro santo católico brasileiro), Pasquale Cipro Neto(professor de língua portuguesa), Dilermando Reis (violonista), Rodrigues Alves, (ex-presidente do Brasil) e Euríclides de Jesus Zerbini (médicocardiologista e pioneiro no transplante de coração no Brasil).

Em 1628, conforme consta do primeiro Livro-Tombo da Catedral de Santo Antônio, dava-se a conhecer o povoamento destas terras por Jacques Félix e filhos. Dia 13 de junho de 1630, data dedicada ao Santo Padroeiro, marca a fundação de Guaratinguetá, pela construção da capela `erguida em palha e parede de mão`.

Em 13 de fevereiro de 1651, com a abertura da `estrada`, o povoado é elevado a Vila e é erigido o pelourinho. Guaratinguetá destaca-se como uma das principais vilas da Capitania no Vale do Paraíba, no século XVIII, que reserva à cidade, além dos períodos do ouro e do açúcar, fatos de especial significância religiosa.
 
Em 1717, a imagem enegrecida de Nossa Senhora da Conceição foi encontrada por pescadores nas águas do Rio Paraíba, dando origem à cidade de Aparecida.
Em 1739, nasce aquele que, em 25 de outubro de 1998 torna-se o primeiro brasileiro nato beatificado pelo Vaticano: Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, canonizado em 11 de maio de 2007 pelo Papa Bento XVI.
Em 1757, foi fundada a Irmandade de São Benedito junto à Capela de São Gonçalo e, a partir daí, provavelmente, inicia-se a Festa em louvor a este Santo que perdura até a atualidade. No século XIX, Guaratinguetá atinge o apogeu do período do café. Em 18 de agosto de 1822, Guaratinguetá foi escolhida por D. Pedro I para pernoite, quando fazia a `trilha da Independência`. 

Em 23 de dezembro do mesmo ano, morria Frei Galvão. Em 1844, Guaratinguetá é elevada à categoria de cidade. Em 7 de julho de 1848, nasce Francisco de Paula Rodrigues Alves, futuro Conselheiro e Presidente da República (eleito duas vezes).

O ano 1885 marca o auge da produção cafeeira e 1877 torna-se marco divisor da história com a chegada da Estrada de Ferro que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Ainda no século XIX, Guaratinguetá registra seu pioneirismo regional na imprensa com o jornal “O Mosaico” (de 1858), o desenvolvimento educacional, os clubes, a Banda, o `Theatro` e o Mercado. Nesse período instalam-se a Escola Complementar, o Ginásio Nogueira da Gama, a Escola de Comércio e a Escola de Pharmácia.

O século XX, que presencia o esgotamento das terras, enxerga também os novos focos econômicos: pecuária extensiva, industrialização e fomento comercial. Emerge uma `nova` comunidade, com a Escola de Especialistas de Aeronáutica, depois o campus da Unesp – Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá, o Senac e, mais recentemente, a FATEC – Faculdade de Tecnologia.

O desenvolvimento de Guaratinguetá tem no Turismo uma de suas âncoras e, no século XXI, a religiosidade já manifestada na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, com sua água abençoada atraindo peregrinações, ganha o novo impulso da devoção a Frei Galvão, além dos templos religiosos que reúnem arquitetura, arte, beleza e fé desde o século XVIII.

O Turismo também encontra no meio rural seus mais propícios meios, tanto pela exuberância da beleza das encostas da Mantiqueira quanto pela vida rural que se expressa no caminho para o mar.
No perímetro urbano arquitetura e cultura, fundindo o passado e o presente, são os marcos que expressam a tradição e suas festas anuais que reverenciam sua própria história.

Fonte: www.guaratingueta.sp.gov.br

Desde os primeiros tempos, uma grande quantidade de garças marcava a paisagem daquela região às margens do rio Paraíba, entre as serras do Mar e da Mantiqueira. Os índios a denominaram Guaratinguetá, expresSão que, na língua Tupi-Guarani, significa reunião de garças-brancas.

O local já estava assim batizado quando por ele passaram os primeiros homens brancos, nos anos finais do século dezesseis. Eram grandes expedições de portugueses que acompanhados pelos índios, buscavam as regiões além da Mantiqueira, nas futuras Minas Gerais, onde sabiam existir ouro e pedras preciosas.

A fixação do povoador branco na região, entretanto, somente aconteceu a partir de 1628, com a doação a Jacques Felix e seus filhos, de datas de terras nos sertões do Rio Paraíba. Informa o primeiro Livro-Tombo da Matriz de Santo Antonio de Guaratinguetá que, por volta de 1630, no local da atual Matriz, foi erguida uma capelinha feita de pau-a-pique e coberta de sapé, sob a invocação de Santo Antonio de Pádua, cuja festa se comemora a 13 de junho. A invocação do santo fixa, assim, esta data, que está gravada à porta da Matriz, como início do povoado de Guaratinguetá, pois era uso do colonizador português batizar o local com o nome do santo do dia.

Em torno da capela se desenvolveu o povoado que, no ano de 1651, a 13 de fevereiro, por requerimento do Capitão Domingos Leme, foi levado a Vila de Santo Antonio de Guaratinguetá, sediando grandes extensões de terras, sendo a segunda vila do Vale do Paraíba.

No século XVIII Guaratinguetá, ponto de passagem para as Minas Gerais, torna-se o principal centro de abastecimento para os sertões mineiros. A vila, modesta, com poucas e tortuosas ruas vivia de economia de subsistência.

O Comércio à beira da estrada, servia aos viajantes que por ela passavam. Além dos importantes fatos religiosos que marcaram sua vida, também é do século XVIII (1745) a missa celebrada no Morro dos Coqueiros, a primeira com benção da Capela de Nossa Senhora Aparecida. Apesar de perder neste século o território de Cunha (1785) que se emancipou, a prosperidade do açucar se fazia presente, com grande produção nos engenhos. Entre 1795 e 1798 o futuro padre e regente do Império, Diogo Antonio de Feijó estudou em Guaratinguetá com o licenciado guaratinguetaense Manoel Gonçalves Franco.

As primeiras décadas do século XVIII assistiram à passagem de iNúmeros viajantes estrangeiros que, em seus livros e registros iconográficos, deixaram valiosos documentos sobre Guaratinguetá. A vila possui vida basicamente rural, sendo aos domingos e feriados procurada para o culto religioso. O café assumia a condição de primado econômico na medida em que os engenhos de açucar decaiam. Com o café vem o desenvolvimento econômico, político e social.

Em 1844 foi elevada à categoria de cidade, em 1852 à comarca. Mudam as características da cidade. A mão-de-obra aumenta sensivelmente. As construções São ampliadas, enriquecidas. O dinheiro do café transforma a vida urbana. Os filhos dos fazendeiros São levados à estudar na corte e na Europa. O Comércio de mercadoria que chega pelo porto de parati, expande-se. Chega em lombo de burros, das tropas que fazem a circulação antes da chegada da estrada de ferro (1877).

Tanto em 1868, quanto em 1884 a Família Imperial esteve em Guaratinguetá, e em 1869 a Irmandade do Senhor dos Passos dá uma Santa Casa à cidade. Com a abolição da escravatura ocorre a chegada dos imigrantes para a substituição de mão-de-obra escrava.

Em 1892, instala-se a Colônia do Piagui. Também na última década do século XIX inaugura o Teatro Carlos Gomes (atual prefeitura), constrói-se a Ponte Metálica, inaugura-se o banco Popular, o Mercado Municipal, a Caixa d’Água, a rede de esgoto urbano e a instalação do primeiro grupo escolar da cidade no Edifício Dr. Flamínio Lessa.

O século XX é saudado com o alteamento das torres da Matriz (catedral), a construção da Escola Complementar, a inauguração do colégio Nogueira da Gama e uma série de melhoramentos como a rede elétrica, a inauguração da Estação Ferroviária em 1914, o nascimento da Associação Esportiva de Guaratinguetá em 1915.

Francisco de Paula Rogrigues Alves, nascido em Guaratinguetá em 1848 (falecido em 1918) havia sido conselheiro do Império, deputado, Presidente da Província de São Paulo e duas vezes eleito Presidente da República. As terras já estavam cansadas ao tempo da morte de Rodrigues Alves. A mão-de-obra escrava já não existia. A cultura cafeeira declinava. A agropecuária extensiva tomava o lugar do café. Aparecida e Roseira São emancipadas. Há mais perda de território.

Atrelada ao processo de industrialização incipiente da região, a partir da terceira década do século surgem empreendimento e associações que mudam mais uma vez as características urbanas. Emerge sua vocação comercial como se, a voltar no tempo, quando passagem prestava serviços à beira dos caminhos, Guaratinguetá no limiar do terceiro milênio encontra-se em sua História oferecendo-a e seus serviços, ao conhecimento e ao lazer de visitantes.

Origem do nome
Guaratinguetá é uma palavra que veio do tupi-guarani e significa guará (garça), tinga (branca), eta (muito): reunião de muitas garças brancas.